sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Quem inventou presente de aniversário?

Quem inventou presente de aniversário?

Pois é. Quem, gente? Lembro, no niver do meu irmão, eu dei de presente a ele um vale-corte de cabelo, pra torar a moita que ele levava à cabeça. E ele não gostou, no ato. Os cabelos cortados, embrulhei em pacote de presente e deixei no guarda-roupas da mãe, de presente pra ela (o que ela mais queria era ver seu rebento mais novo de cabelo cortado. Então, por que não dar o cabelo de presente pra ela?). Bem, ela também não gostou. Acordou a vizinhança toda num grito de susto. Ô povo difícil de agradar, viu!

Enfim. Meu niver foi na última quinta-feir. Aliás, voltemos a antes, quarta-feira, véspera. Meu plano de saúde encerrou-se, pois aos 21, eu deixo de ser dependente do meu pai e tenho de ser titular de um plano. Ok, farei isso na semana que vem, pensei. Só que eu não esperava pelo 'presente' que iria ganhar da minha própria idade. Eu entrevistava uma psicóloga para uma matéria. Enquanto a gata (ela era linda) falava sem parar (e falava mais que um papagaio que tomou água de chocalho), de repente, me deu uma dor no braço esquerdo, daquelas pontadas que você sente doer do cotovelo até a ponta do dedo médio. Dei aquele sobressalto de dor, e a psicóloga nada percebeu, super dedicada na prosa que me contava. Então, fiquei naquela, me mexendo, mudando de posição e talz, pra ver se ela se tocava que eu estava desconfortável ali. Enfim, terminei a matéria, fui pra TV. Lá, teve gravação do programa e eu tinha de organizar um monte de coisa. TP, cenário, texto... E o diabo da dor aumentando. Às 5 da tarde, quando tudo terminou, eu já não aguentava de dor. Fui pra casa (no bus lotado, lógico) quase chorando de dor. Tipo assim, cearense é cabra macho, num anda reclamando de qualquer dorzinha não. O lance é que era uma dor de TENDINITE, um dos maiores medos da minha vida, junto com baitolagem e impotência. Enfim, tudo que eu queria era ir ao médico, nem que fosse só pra levar uma injeção de soro. O que eu queria era que fizessem parar aquela dor. E a notícia que recebo de meu pai?

-Ih, cara, não vai dar. O teu plano venceu hoje, lembra? No máximo, só se você for ao Hospital público.

Ou seja, fui dormir com a maior dor que já senti na vida. Maior até que a dor de estômago depois do meu último porre. Que, por falar nele, foi outro fator que me deixou na merda no meu niver. Estou PROIBIDO de ingerir bebida alcóolica, pois minha última farra foi tão louca que fui parar no hospital.

-Garoto, escolha: quer viver até os 80 ou até os 22?
-Até os 180, se for possível.
-Pois pare de beber. Seu estômago está se auto-digerindo. E seu fígado está entrando no rodo.

Ah, e esta conversinha aí me custou a consulta a que eu tinha direito no mês. De toda forma, eu não esperava padecer de tendinite assim...

Bom, veio meu niver. Amanheço com o braço esquerdo paralisado. Não consigo mover um músculo sequer. O dia segue, e dou uma melhorada a ponto de, na base da teimosia, tocar num evento a que fui contratado e descolar uma grana. Chegando em casa, não tem bolo pra mim; de presente ganhei um par de meias e meus pais já estavam dormindo.

Chego no meu quarto e, em cima da cama, um pacote. Meu irmão, deitado na cama dele, fez com a cabeça o gesto pra que eu abrisse, pois realmente era pra mim. Nossa, que alegria! Meu irmão, ao menos, lembrou e comprou um presente pra mim! Êba! Rasguei o papel vermelho do presente, naquela gana de ganhar outro, em seguida. E ganhei, pois havia outro papel enrolado, dentro do que eu havia rasgado.

-Uai, diabéisso?

Rasguei de novo. E havia outro. Rasguei também.

-Rapaz, isso é putaria... - pensei.

E de fato, era. Quando finalmente cheguei ao presente, um saquinho de plástico transparente com duas folhas de papelão e um conteúdo entre eles. Uma revista. Aliás, mais que uma revista. A PLAYBOY de aniversário, com a Priscila do BBB, meu maior tesão depois da Justine daqueles filmes do Cine Privé. E autografada, ainda... Putz, fiquei feliz pra caralho. Só que, como não podia deixar de ser, o presente não era 'só' aquilo. De dentro da revista, escorregou um pacotinho com um DVD dentro, daqueles piratas que a gente compra no camelô. “Brasileirinhas: homem não entra volume 7, com Márcia Imperator e Valéria Azevedo” E, ainda, escrito bem do lado da gostosa loira: “Lindo!”. Concordo. A capa, uma cópia xerografada muito desbotada do sol, mas dava pra ver a gostosura das atrizes. Caralho... Meu dia, completo. Perfeito. Quase abracei meu irmão. Só que, com a mão enfaixada (é, eu enfaixei pra aliviar a dor), e com a outra segurando meus presentes, preferi correr e pegar o notebook mesmo, pra ver logo o conteúdo do DVD.

-Pôxa, cara, valeu mesmo. Pena que eu tô com a mão assim, né, senão corria era pro banheiro! – (eu posso perder o leitor, mas não perco o trocadilho)

Puxei a cadeira, pus o notebook nas pernas. Enquanto ele ligava, abri o zíper da calça. Pus o DVD no leitor. Esperei. E quando abriu... Meu... Da glória ao ódio. Da alegria à vontade de matar aquele indivíduo que ria feito uma hiena que cheirou gás hilariante. Não, sério, a vontade era jogar o notebook na cabeça do meu irmão. Mas, com uma mão só, não dava. Gente, o sacana realmente comprou o tal DVD. Só que ele trocou de propósito com um amigo, só pra fazer o mal mesmo. Quando abriu a porcaria do DVD, tinha mesmo uma loira lá. Só que era a Xuxa! “Xuxa só para baixinhos especial de Natal.”

-Puta que pariuuu!!!

E assim se encerrou meu niver. No outro dia, acordei ainda com dores no braço, mas foram diminuindo. E hoje, uma semana depois, ainda não consigo escrever no Pc e toco violão com dificuldade. E a dor, ainda me acompanha.

Ah, já me vinguei do meu brother. Fiz ele dormir no carro, na sexta-feira. Apareceu uma barata no quarto, e ninguém sabe de onde ela veio. Do esgoto, talvez. De uma caixinha de fósforo, também pode ser. Do esgoto, de uma caixinha de fósforo que eu trouxe escondido na mochila... Bom, aí você quer me comprometer. O fato é que ele foi dormir no carro, pois eu me recusei a matar o Rodney. É, Rodney, como em 'Joe e as baratas', lembra? Pois é... Feliz aniversário pra mim.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Quem inventou praga de mãe?

Sábado, 21 horas. Eu estava de saída. Antes de cruzar a sala, rumo ao portão e à minha liberdade, mamãe me puxou e disse:

"Você vai sair, né? Pois bem: já sei o que vai acontecer. Vão estar todos sentados na mesa do bar, cada qual com um copo desgraçado de bebida, vão erguer, brindar e dizer que aquilo é que é curtir a vida, aquilo que é ter liberdade. Você vai se embriagar e sabe Deus o que mais pode acontecer. E amanhã de manhã você tem de tocar na igreja, não esqueça!"

Dei as costas e sai, como se nada tivesse ouvido. Era aniversário de um dos meus melhores amigos. Não poderia faltar. Era sábado à noite. Ora bolas, eu sei me cuidar, sei me controlar! Sei quando estou bêbado, uai! E nunca faltei compromisso por causa de bebida. Já fui trabalhar diversas vezes sem ter pregado o olho, sob efeito do àlcool, e sempre consegui me controlar. Vamos à farra, compadre! Maaaasssss... No fundo, no fundo, sempre lembrando do velho ditado: 'praga de mãe sempre pega'... Porra, mas o que é que pode acontecer? Só vamos comemorar o aniversário do meu compadre lá. Eu tô solteiro, então, vou mesmo é tentar descolar uma gatinha pra mim. Caralho, o que é que pode dar errado esta noite?

Então. Ao chegar no local combinado com a galera, não encontro ninguém. Iam demorar. Estavam esperando pelo último dos caras, que saia do trabalho. Fiquei rodando o lugar, passeando por entre os bares. Um saco. Estava com fome. E sem dinheiro. Que droga, meu. Praga de mãe... Que merda! Daí, pra me dar um suspiro de sobrevida, chega a linda índia dos olhos verdes.

Meu Deus... Que princesa das matas... Que pernas... Que olhos... Que boca! Jesus! Conversamos rapidamente, enquanto ela caminhava rumo ao toillet. Neste belo momento, o desgraçado do meu amigo me liga.

"- Aí, baitola, tá aonde?
- Tô conversando aqui com uma linda princesa...
- Ah, que nada! Espera a gente em tal lugar, que já estamos chegando!"

Merda. Tive de despedir-me da índia. Convidei-a ao tal bar, mas ela preferiu esperar pelas amigas (tava escrito que a noite ia ser perfeita, né...) e quando elas chegassem, iriam para onde eu estava.

- Galera, vocês nem sabem! Descolei uma gata pra mim e uma pra cada um de vocês!

Animado, fiquei até sem beber. Decidido. Se iria dar uns pegas na gata, não o iria fazer com hálito de cerveja. Enfim, liguei pra ela. E... Nada. Chamava, chamava... E nada. O tempo ia passando. Comecei a ficar puto e os meninos me zoando...

"- Otário! Elas já estão em casa, dormindo, e você aí, sem beber, esperando... Vâmo lá, cara, pega esse chopp aí!"

Daí, eles pegam os copos, erguem, brindam e gritam:

"- Isso que é vida! Isso que é liberdade! Não é, playpobre?"

Quase cuspo o gole de vinho de volta. Caralho, do jeito que minha mãe previu. A noite caminhava para ser uma merda mesmo. E eu já havia enfiado o pé naquele monte de bosta. Estava com o copo na mão, as meninas estavam longe naquele momento, e só quem eu tinha como consolo era mesmo o álcool. Ora, porra, bebamos, então!

No segundo copo eu já estava tonto. E falei isso para os caras. E tentei os convencer a ir à boate que fica vizinho ao bar. Pelo menos, poderíamos pegar umas gurias... Eles preferiram ficar lá, sentados, bebendo mesmo...

No terceiro copo, desabei na mesa e não me lembro de muita coisa, só de vomitar nos pés do garçom, derrubar um copo que espatifou-se perto de um outro cara, dos meninos falando em uma tal de Beatriz, dos caras me arrastando até o carro e me mandando ficar com a cabeça do lado de fora da janela, para o caso de eu ter que vomitar de novo.

Acordei com os primeiros raios de sol da manhã do outro dia, deitado no chão, com o rosto na calçada, próximo a uma poça amarela de vômito, daquele que você depois lembra de ter vomitado e que doeu pra caralho pois você não tinha nada no estômago. Lendo num site, descobri que se tratava de suco gástrico. Enfim, acordei, e vi os meninos, também bêbados ainda, sol das 7 horas no rosto, sentados na calçada.

- Aonde estou?
- Na calçada da minha casa - falou um dos caras
- Legal. E que horas são?
- 7.
- 7?
- 7.
- Que droga! Tenho que ir tocar na igreja!

E saí, correndo, fedendo a vômito, com a manga da camisa (que era preta) numa cor estranha, mistura de branco com amarelo. Zonzo. Quse caí, ao subir no ônibus. Ao descer, perto de minha casa, (não lembro de nada durante a viagem), ao dar uns 30 passos, tive de sentar no chão para recobrar o fôlego, pois não conseguia nem ficar de pé. 5 minutos depois, continuei o meu caminho. Chego em casa, meu pai está de pé, me esperando na calçada, desarrumado, como quem realmente NÃO vai tocar na igreja. Legal. Bom pra mim. Pude recobrar minhas energias. E ver aquela cara de 'onde foi que eu errei' do meu pai, típica de pai que não gosta de ver o filho chegar bêbado em casa.

Passei o domingo com dor no fígado, como disse, deitado e imóvel, e com uma enxaqueca que durou uma semana. E tive o agravamento de minha gastrite. E o álcool agora é passado na minha vida. Que bom. Que pena. E, de novo, tomei um porre por causa de uma mulher.

Essa semana me encontrei com a princesa indígena. E sabe o que ela me disse?

"- Eu fiquei na boate vizinho ao bar. Só vi suas ligações no outro dia de manhã. Pensei que você não fosse querer entrar lá, pois estava com seus amigos... Então, fiquei lá, sozinha, a noite toda... "

E praga de mãe... Pegou. 21 x 0 pra ela.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quem inventou piada de português

Eu estava aqui, com minha fome e minhas pesquisas a fazer. Já nem lembrava de escrever pra cá. Sério. Final de semestre é foda. Antes, eu vinha pro blog porque não tinha porra nenhuma pra fazer. Agora, é tanta coisa, tanta entrevista, tanta edição, tanta transcrição, tanto Word, tanto ctrl+c e tanto ctrl+v... Enfim... Daí, que vem uma alma caridosa e me lembra de ontem...

E ontem, tinha de ter sido mesmo quinta-feira. Porque as coisas só acontecem nas quintas mesmo... Ou nos sábados, dependendo do teor alcoólico...

Tivemos aqui na facu a visita do pessoal do MEC, pra fazer a avaliação institucional. Não vou me prender nos detalhes da briga que eu e meus amigos de comunicação social pegamos com os imbecis alienados dos outros cursos. Mesmo porque, engraçado foi um português que estava lá, representando o curso de Administração...

Primeiro, que tinha que ter um portuga, né... Ainda não sei de onde tiraram aquele figura... Bom o fato é que os professores do MEC perguntavam sobre a biblioteca da facu, se nós tínhamos algo a falar, alguma reclamação... Daí, o portuga pega o microfone e manda essa pérola:

( Com um sotaque português beeem carregado: ) ” – Ora, pois, eu não tenho de que reclamar da biblioteca daqui, pois é muito parecida com as de Portugal. Acho que ela é boa, pois possui livros. Igual a Portugal.”

Putz... Todo mundo riu, e o cara ficou lá, olhando pros lados e perguntando: “ – Quê que há? Quê que há? Qual foi a piada?”

Bom, a piada veio depois. Eu passei na TV, pra pegar pilhas pra minha câmera (trampo pra fazer e minhas pilhas são mais preguiçosas que eu. Trabalham não.). Daí, entrei sem bater, e ouço aquele alvoroço, os caras clicando lá no pc, movendo cadeira de lugar... Daí, um dos caras fala: “ – Ah, é o Playpobre... Continua aí!”

Fiquei sem entender, até que o outro deu o play. Estavam ouvindo piadas. Não tinham o que fazer, mas, mesmo assim, serem pegos ouvindo piada dentro da facu pela professora responsável pela TV na teórica hora de trabalho poderia gerar um problemão... Enfim... Decorei essa pra vocês:

O português foi convidado pra uma suruba ( e só o fato de convidarem um portuga pra uma suruba já é uma baita duma sacanagem, né...). Aí, ele vai todo empolgado e talz... Passa umas duas horas lá, ele grita, no meio do salão, (todo mundo já quase exausto de tanto... hãn... vocês sabem...). Bom, o portuga grita: “ – Ora, pois, pessoal, vamos organizar esta suruba, ôpá! Eu já levei umas 5 varadas no curral e já tive de sugar uns 7 canudos! Tá na hora do portuga se dar bem!”

Cri..cri...cri...

É, não teve graça. Eu sei. Mas na hora teve. Porque lembrei do portuga falando da biblioteca de Coimbra e quase me caguei de rir... Merda. Vou tentar de novo, na próxima.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Quem inventou Bukowski?

"O orifício circular corrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um indivíduo em alto grau etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade."


Quem inventou Bukowski?


Já tem uma semana, estou lendo "Pulp", a última obra do velho safado. E gamei. Tô fissurado na literatura bêbada do cara, e tipo, bem ao meu modo, tento 'Bukowskizar" o mundo.

Meu irmão foi a primeira vítima. Fiz ele trocar Arnaldo Jabor (eca!) por Nick Belane. Pobre criança... Não bastasse ter feito ele ver o último filme do Zé do Caixão, agora o corrompi de vez! Se ele não vir a querer ser publicitário ou jornalista quando crescer... É pq tem (muito) juízo!

Daí, dia desses, visitei meu brother no Instituto onde ele estuda. Compro duas cocadas de chocolate, e com a boca cheia de cocada (e de chocolate), convido uns amigos (e ele) para verem um filme aqui na facu. Valendo certificado de atividade extra, a galera topa até levar injeção na testa.

No dia da exibição de cinema, os caras aparecem. Bem atrasados, verdade. Queriam ver as gatinhas dos corredores, só viram o breu da sala improvisada do cinema e os tapas que eu dei no meu irmão, zoando ele, o filme todo.

Termina o filme, estamos todos indo pra casa. Paramos na escadaria da facu.

Um dos caras tira então, da mochila, o livro "Veronika decide morrer" de Paulo Coelho (eca!)

Daí, eu lanço meu olhar Bukowskiniano, e disparo as palavras, dignas de Nick Belane, o melhor detetive de L.A.:

"Pô, meu, Paulo Coelho? Vai pra puta que pariu e joga esta porra fora! Cara, se matassem Paulo Coelho, Jô Soares e Arnaldo Jabor, seria um bem que fariam à humanidade!"

E o cara, meio abobalhado, sem entender minha reação inusitada (e violenta) por conta do singelo livrinho em sua mão, permanece imóvel, esperando o "Olha a pegadinha do Faustão..."

Então, aproveito a fraqueza verbal do cara e continuo:

"Cara, conselho de amigo: leia Bukowski! O cara é um gênio! Ele faz você se embriagar sem precisar tocar em um mililitro de álcool! Leitura obrigatória para esta geração perdida a que nós pertencemos!"

Nisso, vem subindo as escadas o meu amigo Vampiro Anêmico, que me emprestou o livro sagrado derradeiro da literatura Bukowskiniana e me incentiva a cada dia a compreender melhor o velho Buk. Então, cheio de alegria, volto-me para aquele que me abriu os olhos à luz da qualidade literária, e já imaginando uma reação semelhante à minha, pergunto a ele:

"Vampiro Anêmico, olha só, o cara está com um livro do Paulo Coelho! Rá! O que você faria se tivesse um livro desses na sua mão?"

Eu imaginei um monte de coisa: imaginei ele dizendo que iria fazer picadinho daquela porcaria, que iria fazer dele encosto pra porta, que usaria como papel higiênico, que iria reciclar pra imprimir alguma obra de Bukowski... Maaasss... O que ele diz..?

"Cara, eu leria este livro, pq ele É um BOM livro."

PÁÁÁÁÁÁÁ!!! Hadou-ken! Kamehameha! Mostra o cavalinho pro Playpobre que levou um toco histórico na frente dos amigos...

E seguiu seu trajeto. E eu fiquei lá, com cara de bunda de velha após acordar da soneca que tirou sentada em cima do velho gato de estimação...

E Bukowski? Continuo lendo e me acabando de rir da semelhança mórbida existente entre as maluquices desastradas de Nick Belane e minha facilidade de conseguir momentos historicamente constrangedores.


Até a próxima sexta!


"Eu tinha talento, tenho talento. Às vezes olhava minhas mãos e compreendia que podia ter sido um grande pianista. Mas o que tinham feito minhas mãos? Coçado o saco, preenchido cheques, amarrado cadarços, puxado descargas de banheiro etc. Desperdicei minhas mãos. E minha mente." - Bukowski, Charles. Pulp, L&PM, 2009 - pg 11.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Quem inventou as baratas?

Aí, galera! Esta história é quente. Aconteceu esta semana...

Lembrando: me ajudem a comprar os pirulitos Pop para as musas!

E comentem os posts...

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Domingo. Domingo, nada! Segunda-feira, meia noite e vinte e cinco. Estou eu, notebook (quente feito bunda de cachorro) nas pernas, transcrevendo uma (chatíssima) entrevista produzida pela turma de jornalismo. O sono, inimigo meu desde a segunda-feira da semana retrasada. E eu ainda não o consegui vencer. Enfim, além do cansaço e tal, a porcaria do trabalho pra terminar e entregar em dali a poucas horas, já na primeira aula da (asilada) professora (que chega antes do galo cantar na facu. e dizem que eu que moro lá, né... a mulher chega primeiro que os guardinhas, meu!). Uma da manhã. Termino o trabalho, e me jogo na cama, exausto do dia. Enquanto isso, meu irmão (ainda) vendo tv.

Ele, conforme já disse por aqui, vai comigo até a avenida, pois estuda no Instituto em frente à parada do mega lotadão. Ou seja, o bacaninha tem de estar de pé impreterivelmente, e pronto para sair de casa, às 6 da manhã. Detalhe: ele dorme mais que eu; o que quer dizer que o cara é uma pedrinha de quartzo. Ou melhor, de quarto.

Deitado de costas pra tv, mas ainda assim a luz me torra a paciência. "Pô, velho, vai dormir! Qual é, já já a gente tem que estar de pé! "

E quando levanto a vista, o sacana tá assistindo um documentário... sobre índios!

"Pooorra, meu! Vai pra casa do caralho! Desliga essa porra e vai dormir!"

Após mudar de canal algumas vezes (e parar no que um humorista fazia massagem na mulher melancia, de biquini... que me lembrou a vinhetinha ' ô meu Deus, que beleza!'), Eu desisto e tento dormir mesmo com a luz incomodando meu sono.

Enfim, dormi. No sonho, minha amiga Mesopotâmia (olha só, e é pq ela diz q eu só gosto de loira, né...) está no laboratório de informática da facu, me mostrando umas fotos de sua família. Quer dizer, mais ou menos... As fotos eram da empregada. Sem a parte de cima da roupa. Era uma morena linda, dos seios lindos, daqueles tipo pêra, que dá vontade de agarrar, mesmo sendo um sonho, e não soltar nunca mais, pq cabem na mão (e minha mão é até grandinha, hein!)... Pois é. Daí, eu pergunto: "Vixe! e essa gata?" E a Mesopotâmia responde: "É a empregada lá de casa." E eu: "E pq ela tá assim, sem a roupa de cima?" E ela: "Ah, é pq essa foto foi feita quando minha mãe não estava em casa...". Ah, tá. explicado: o velho dela é dos bons.

Daí, sinto uma furadeirada nas ombro esquerdo. Como? É isso aí: sinto tipo uma furadeira no meu ombro. Estranho, né? E digo a ela: "Porra, tão me cutucando, aqui!" E ela: "Mas atrás de ti só tem essa parede..." E eu, já irritado: "Porra, tão me sacaneando!"

Daí, ouço aquela voz cavernosa, estilo Cid Moreira, dizendo meu nome:

"Deeeecoooooo... Deeeeeecooooo..."

Quase num pulo, abro os olhos, e vejo meu irmão, olhos esbugalhados, em pé, ao lado da minha cama. Parecia uma assombração, tipo aquela menina que aparece no Sexto Sentido, quando o moleque tá escondido na tenda, dentro do quarto... Lembram?

Enfim. o marmanjo, meio relutante, então, me diz:
"Cara, é que tem uma BARATA atrás do rack da tv..."

Pois é. Dei um curto suspiro, pra poder respirar e ter ar suficiente pra elogiar ele ("seu viado, vai tomar no olho desse teu cu, seu sacana, mongol, vai pra casa do caralho encher o saco do cão com reza, porra!"). E agradecer por ter me acordado de meu sonho (é todo dia que você sonha com uma mina mostrando fotos da empregada super-gostosa, se exibindo? Acho que não...).

Viro as costas e continuo deitado. Ele, de pé do meu lado, feito assombração. Tento retomar o sonho. Mas não dá. A luz atrapalha. A sombra do meu irmão atrapalha. A raiva atrapalha. As muriçocas zumbindo no meu ouvido atrapalham. O sono atrapalha. A lembrança da transcrição, com as vozes ainda na minha cabeça, atrapalha.

"Poooooooooooorrraaaaaaaaaaaaaa!!!!! Véi, caralho! Taí, a barata tá lá atrás, né, então pronto! Não dá pra pegar ela! E nem ela pode te pegar! Vai dormir despreocupado, que A BARATA NÃO VAI TE MORDER!"

Daí, depois deste breve acesso de raiva, me deito (ah, é, eu levantei e andei em volta do quarto, olhos semi-cerrados, como que procurando qualquer coisa pra pisar em cima e dizer que matei a porcaria da barata, só pra ver se o marmanjo ia dormir sossegado e me deixava com os seios da morena do meu sonho).

Então, vejo o homenzarrão atravessar o quarto, olhos ainda esbugalhados, passando bem rápido do lado do rack, deitando e cobrindo-se dos pés à cabeça, com o lençol de quase 3 metros.

Apago a luz. Mas não consigo retornar à morena. Porra! Só me lembro de ter deitado, e de ouvir a musiquinha chata de hardcore que toca no meu celular, como despertador. E do galo cantando as 5 da manhã. Pq desgraça pouca é só em filme.

Sento na cama. O ódio refletido em meus olhos vermelhos. Então, ouço aquele zumbidinho, aquele 'crack', típico de barata mechendo em saco plástico. Vejo então, um pacote de biscoitos (sem biscoitos, lógico) no chão, com meu All Star por cima.

"Ah, infame! Meu irmão te prendeu no saco com meu All Star, né... Agora, você vai pagar, desgraçada! "

E salto em cima do saquinho, ao melhor estilo Seu Madruga, sobre o boné. Piso, sambo, esfrego... Quando me dou por cansado, o saquinho volta a zumbir.

'Crack... Crack...'

Não creio! Saca, quando nos desenhos animados o cara morre de socar alguma coisa, e o bichinho que devia estar morto aquela hora, de tanto apanhar, reaparece do nada, como se nada tivesse acontecido? Foi o que aconteceu com a barata.

"Ah, filha da puta! Morre, desgraça! Volta pro inferno, sua filha do demo! Ahhhhhh!!!"

Acho que acordei mais gente que o galo. E, novamente, após saltos dignos de Chuck Noris, a famigerada sai correndo de dentro do saco de biscoitos, e fica, tonta, rodando o quarto. Eu a sigo, irado, feroz, assassino.

"O jornalista aqui, sou eu. O imortal aqui, sou eu. O herói aqui, sou eu. Quem vai te matar, serei eeeeuuuuu!"

Num salto, a pressiono com a pontinha do dedão do pé direito. Uso toda a força do meu 'chi' e projeto um kamehameha em sua direção. Ela explode em vários pedaços. Pernas de um lado, cabeça do outro, sangue por toda parte. Tenho aos meus pés um troço totalmente desfigurado, que outrora foi uma barata. A porcaria de uma barata que me roubou uma noite de sonhos (e de seios) morenos.

Dou-lhe um chute, e ela atravessa o quarto, parando apenas ao chocar-se contra a parede, no final da varanda. Dou um risinho de vitória, e meu irmão, até então imóvel por conta da cena toda ( o mala realmente tem pavor a barata... Ele encara até o dragão de São Jorge, mas barata... ), sim, o mala manda então essa pérola:

"Qual é, cara, relaxa. A BARATA NÃO VAI TE MORDER."

Ahhhh.... Mooooleeeequeeeee!!!!

"Ela me mordeu sim, mordeu no bigulim! E cuidado, que eu tô de mal-humor!"

Mala sem alça, viu, esse meu irmão! Fala sério!

Até a próxima batalha. Até a próxima sexta. Morte às baratas. E viva as empregadas dos sonhos que mostram os seios na hora das fotos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Quem inventou a morena quente?

Olá, playpobres! Excepcionalmente, o post desta sexta vem na quinta, pq os laboratórios da facu farão greve amanhã. Então, irei dormir a tarde toda, antes de começar as gravações na TV. Ah, já falei que tá valendo um pirulito Pop pra quem me enviar fotos pra musa? Pois tá falado. E quem clicar nos anúncios me ajuda a comprar o Pop dos prêmios. Ah, e comentem, pra que eu possa saber se tem mais alguém aqui, além de mim e minhas flores...

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Semana passada comecei a história da morena, embalado pelas pernas da que passava do outro lado da avenida, quando cheguei em casa. O fato é que, neste tema, história não falta. E dada minha sede em escrever, vou deixá-los com mais curiosidade, imaginando aí que já ganhei até strip-tease de morena bêbada...

Enfim, vamos à história da morena quente (até demais)...

Era uma morena lá da escola, que chamava a atenção aonde quer que fosse. Alta, pernas bem desenhadas e uma bunda que, meu Deus do céu... Só que ela namorava com um amigo meu. Daí que, mulher de amigo é homem, Né... Então...

Porém, eis que em um belo dia de sol, como nada é eterno mesmo, terminou o namoro deles. E aí, haja gavião caindo em cima da gata... E eu, lógico, fui pra cima também.

Daí, meio que rolou um clima e talz... Pelo menos, eu achei. A gente andava muito junto, mãozinha dada, confidências...

Um dia então, houve uma movimentação da galera da sala e marcaram uma saideira. E ela iria. E eu me adiantei, deixei-a ‘no ponto’, jogando aqueles bons e velhos ‘verdes’, pra saber até onde eu poderia ir. E recebi sinais positivos.

Acontece que vida de blogueiro é osso... A gente se fode, pra divertir os outros. Na véspera, durante um show meu em um jogo de futsal, levei um carrinho criminoso do goleiro adversário e quase quebrei a perna. Melhor, quase quebrei a cabeça do fêmur. E pra piorar, fui andando da quadra até minha casa (cerca de 20 minutos, em condições normais). Ou seja, cheguei morrendo de dor, e quase chorando pq iria perder a saideira com a galera (dali há uns dois dias) e, por conseqüência, a doce companhia da morena das pernas desenhadas.

Antes de ir pro hospital, meus primos me dão uma força daquelas, dizendo que, no meu caso, eu provavelmente iria usar um CUECÃO DE GESSO... Put a keep are you! Meu mundo desabou! E pra piorar, a galera toda (inclusive a morena), já se movimentava pra ir me visitar, e, quando eu disse que talvez fosse necessário usar o tal CUECÃO DE GESSO, véi... A escola toda se comunicou! Conseguiram câmera e gente me ligava se cagando de rir, e perguntava pelo Orkut do meu irmão se era verdade que eu ia usar um CUECÃO DE GESSO... E, lógico, a morena também entrou na sacanagem. Pq desgraça boa, é desgraça muita.

Fui pro hospital e, graças a Deus e ao inventor do Cataflan, bastou me passar o antiinflamatório ( fiquei sob observação. Deveria seguir à risca a medicação e o repouso absoluto.).

Porém, desgraça pouca pra blogueiro não vale, né... A galera me visita. Eu, sem cuecão de gesso (graças a Deus), mas com o orgulho ferido por conta das piadinhas, deitado na cama, quase chorando. E a morena, estava lá. E eles me dizem que vão mesmo seguir viagem (a saideira era em uma casa numa praia da região metropolitana da cidade. Alugaram a casa, comparam bebida suficiente pra um oktoberfest... Resumindo: um abatedouro de mulher e de alcólatra.).

Insistiram, dizendo que iriam cuidar de mim, que iriam me dar o remédio na hora e talz... Mas meus pais não permitiram que levassem eu e minha cama (ah, é, nesse ponto eu ainda não conseguia andar...). E então, eles foram embora, levando uma foto minha de quando eu era um filhotinho de castor, e a lembrança da minha cara de desolação, deitado na cama, sem poder andar, e vendo a bunda da morena desaparecer no corredor da escada.

No outro dia, de manhã, me ligam:

-(meu melhor amigo, empolgadíssimo)Cara, tu não sabe!
- (eu, irritado) Sei mesmo não, mah, to aqui deitado, pô... 60km de distância de vocês...
-(ele, sonhando acordado) Cara, sabe a morena?
-(eu, me fazendo de desinteressado)Hum...
-(o cara, empolgadíssimo) Fiquei com ela, oh... Hehehe...
-(eu, quase dando um salto) Como é que é?
-(ele, notando meu tom de quase ira) É... Tu sabe, né? A carne é fraca... Ela bebeu, deitou na cama comigo... Eu também estava fora de mim... Aí, pô, quem é que resiste àquela bunda, hein?
-(eu, vestindo uma camisa, pondo uma bermuda todo atravessado e já mirando a mochila que estava no guarda-roupa ) Ah, cachorra! Num acredito! Cara, eu to indo aí, nem que eu vá me arrastando na estrada! Tenho de ver a cara dela!

E fugi de casa, arrastando a perna que doía tanto quanto o orgulho... Porra, meu... Quer dizer que, se eu estivesse lá, deitado na cama esedado pelos remédios, o sortudo teria sido eu? Pooooorra!

Entrei no bus que ia pra praia e em algum tempo (que realmente não me lembro) cheguei. Ela não estava na casa.

-Cadê ela? (perguntei a um dos brothers que lá estavam.)
-Cara, nem te digo: ela ficou com o irmão ali, né, só que o otário não sabia que ela também ficou com o vizinho...
-Como é que é???
-É... Ela fugiu à noite, quando ele dormiu, e ficou com o vizinho ali na piscina... E ainda não voltou pra casa.
-Caralho...
-Pois é...
-Pô, sendo assim... Eu vim aqui pra olhar na cara dela e perguntar o que é que há... Mas percebo que não precisa. Quê que tem na geladeira?
-Vodka e cerveja.
-E fora dela?
-Cachaça, whisky, vinho...
-Cadê os copos?
-Ali.
-Tá afim de tomar todas?
-E macaco quer banana?


O cara bebeu comigo. E veio outro e também bebeu. E outro, e outro... Só parei de madrugada. E passei a noite enchendo o saco dos caras, pq estava bêbado, não havia tomado meu remédio, a perna doía pra cacete e eu andando dentro de casa, quis pular da janela para ver os cavalos que faziam um 'racha' dentro do mar (hãn?), quase caí da escada, corri só de cueca no estacionamento (pq a morena, que só voltou pra casa à noite, me disse que o suor irira aliviar minha embriaguez... um amigo me impediu de ter um enfarto e quebrar de vez minha perna, me conduzindo de volta à casa),vomitei milhões de vezes, esmurrei a descarga do aparelho sanitário até quase quebrar... E vi meu amigo que me levou pra casa enquanto eu ‘corria’ de cueca numa perna só, dormir abraçado com o próprio aparelho sanitário, deitado no chão do banheiro, de bruços, com o rosto mergulhado no próprio vômito. Ao melhor estilo Bukovski.

No outro dia, promessas de nunca mais beber, de nunca mais beber por causa de mulher, de nunca mais fugir de casa por causa de mulher que me fariam beber, de nunca mais gamar em mulher que me fizesse fugir de casa pra beber, de nunca mais correr de cueca numa perna só estando com a outra quebrada, de tomar remédio na hora certa quando quebrasse a perna, de não bater na descarga do aparelho sanitário pq ela não tem culpa de não haver racha de cavalos no mar... E prometi nunca esquecer da cena do cara deitado, agarrado com o vaso sanitário.

E teve ainda a volta pra casa: a morena jurou de pé junto que não tinha ficado com ninguém. E, claro, todo mundo acreditou, né... Pq morena boa é morena quente...

E fomos embora, todos de bus, lotado, óbvio...

Ah, e desgraça extra: dentro do bus, aquela galera que, tipo, a gente olhou assim, e se não estivéssemos todos bêbados, certamente não entraríamos no mesmo lugar que eles. Não é preconceito, é amor à vida mesmo. E isto ficou provado quando começaram a soltar TORPEDOS dentro do bus. Torpedos, véi! Pensei que fossem Revéillon! E pelo cheiro, parecia que estava andando em uma caixa cheia de gambás... Ah, e o melhor: eles soltaram os fogos com as janelas TODAS fechadas. Pena que não tem link pra cheiro ainda na net, né... Pq esse eu faria questão de compartilhar com vocês. Daí, nós bêbados, tontos do balançar do ônibus lotado, derrubando as coisas que sobraram e que estávamos levando de volta (whisky e cachaça, não sobrou nada. Mas macarrão, leite, açúcar, feijão, alho, isto sobrou aos montes... A gente tinha o suficiente pra vender na feira e pagar um taxi pra voltar pra casa... Pena que só pensei nisso dias depois que a ressaca passou...).

Ah, a morena e o meu amigo que primeiro ficou com ela na casa, namoraram um tempo depois. Não sem antes ela fazer ele também se emputar e beber até cair...

E falando nessas bebedeiras por causa de mulher, eu já contei quando (e como) conheci Jesus? Não, Né? Semana que vem, moçada... Valeu!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Comentário...

Não consegui publicar o comentário no blog, então mando por aqui:


Oi, Levi!

Na aula de Jornalismo Online, os comentários são online também!

Então, vamos lá:

1) Adoro quando os alunos fazem blogs. E acho que tudo o que eu disser aqui pode ser bem chato, pois blogs são espaços de vivência da liberdade. Mas já que sou professora, vou continuar:

2) Me causou impacto a foto da musa. Mas é um site de humor então (quase) tudo é permitido. inclusive tem pessoas que atualizam vários blogs, cada um com perfil diferente. Acho que você até tem outro, né, o cantaescreve.

3) Acho que você poderia usar fotos ou videos para complementar ou ilustrar os posts. em termos de conteudo e até visualmente fica mais atraente.

4) As musas poderiam virar uma categoria no site, daí fica mais fácil para o leitor encontrá-las!

5) Tive a impressão que os textos estão todos em negrito, mas deve ser a fonte. Acho que fica mais leve o visual quando a letra é mais discreta, sem essa aparência de negrito.

6) Use intertítulos nos textos! E parágrafos menores também! o tamanho do texto, você é quem decide. Mas deixe ele agradável de ler.

7) Os links para os joguinhos são legais e a enquete também.

8) Ficaria legal colocar lista de links para os blogs e sites que você mais gosta e acessa.

9) A entrevista com o cara do Kibeloco poderia entrar no teu blog!

10) Cadastra o teu blog no blogblogs.com.br

Para finalizar: blogar é um excelente exercício jornalístico, mesmo quando feito nas horas vagas.

beijos!

Alessandra Marques
Professora - Jornalismo Online I


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Fêssora, brigadaço! A gente só vai pra frente quando pessoas como a senhora cuidam da gente assim, dando essas precioas dicas! Valeu mesmo!

E, galera, tô sabendo deste problema aí, nos comentários... Então, se não deu pra comentar, me manda por e-mail (dica: escrevam primeiro em algum editor de textos, pq não dá pra aplicar o ctrl + c / ctrl + v no frame dos comentários) que eu publico aqui, ok?


valeu, galera!


P.S.: Em breve, irei publicar a 'entrevista' com o kibeloco aqui... uma merda, por sinal... pra variar, né...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Quem inventou a loira gelada?

Aí... Não estranhe! Você está no blog certo! Layout novo mesmo! Decidi mudar, pra poder acrescentar mais algumas besteiras opções pra você, como as enquetes e a novíssima e já badalada " Miss Playpobre"! Então, aproveite e não esqueça: divulgar e comentar não faz mal a ninguém!

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Pois é... Hoje, sexta-feira, dia de sair com a galera, né... Estou nos contatos... Esperando o que vai acontecer... Coisa boa é ser solteiro, véi! Sò que não é sobre isso que vim escrever não. Na verdade, é (ainda) sobre ontem. Eu vinha no ônibus (adivinha como: sentado! Nem eu acreditei. Lotado, óbvio. Mas eu, fui sentado! Nhé!), aliás, eu estava no terminal, esperando o ônibus, quando a vejo: Cara, ela veio em slow motion, o vento lhe levando os cabelos, ela dando aquela balançada de cabeça, aí dá aquele olhar sedutor que parece uma flecha e, pimba, acerta meus olhos e meu coração fragmentado. Saca quando isso acontece? Pois é...

Seu cabelo, loiro feito girassol pela manhã, bem penteado, cobria uma parte do rosto. A franja lhe dava um certo ar colegial. E o resto da roupa também. Uma camisa branca, um short preto (que short, meu Deus, benéfico!) e um all star roxo com preto (seu all star roxo combina com o meu preto...). Cara, eu a olhei de cima a baixo, de baixo à rriba e gamei. E fiquei pensando (aqueeele veeelho pensamento positivo...): "Vem pra cá, fica nessa fila, vai ficar na mesma fila que eu... Vem pra cá..." E, tcharam! Ela ficou na mesma fila de ônibus que eu. Um pouco atrás, por conta da própria organização da fila (pessoas chegaram antes dela). Mas o suficiente perto pra que eu pudesse ver aquelas benditas coxas que me deram uma sobrevida àquela noite. (Cara, e esse lance de pensamento positivo dá certo mesmo, viu... Às vezes, até eu me assusto...)

Daí, chega o bus. Aquela putaria natural (o cearense é educadíssimo nessas horas: a fila só dura até o cambão parar. Depois, é cada um por si pra subir e empurrar quem tá atrás.), até que eu consigo me espremer entre dois marmanjos e descolo um lugar sentado do lado da janela, como eu gosto. E fiquei esperando, pra ver aonde a loira das pernas desenhadas por Deus quando ele tava namorando iria sentar. E, lógico, pensamento positivo de novo: "Vai sentar do meu lado, vai sentar do meu lado, vai sentar do meu lado..." E, pra cumprir a regra dos dois pensamentos positivos que dão certo por cada quinta-feira, pois não é que ela sentou do meu lado?

Vééééééiii... Ainda tô sonhando com as pernas da menina. Cara, pernas tão gostosas, só as da última loira que eu peguei. E pensa que eu não vim lembrando disso não? E dando uma raiva... Daí, acabei lembrando dessa história: quando fui salvo pelo àlcool pela loira gelada.

Primeiro, eu NÃO bebo. Só que sempre tem os dias de fraqueza, né... E, segundo... Segundo é que eu ainda não tenho plano funerário... Enfim, leia. Só.

Conheci a loira. Convidei a loira pra sair. Beleza, vamos, "Só nós dois?" E ela: "Lógico!".

Ôpa! Beleuza! Pra curar meu trauma de loira.

Fomos pra festa e eu bebi 'o suficiente' (duas latas de cerva) pra falar besteira pra caralho e, de tão cansado, querer dormir (será que só tinha cerva mesmo naquelas latas?). E me deitei no chão da boate e dormi mesmo. O resto, é coisa que eu acho que ouvi, e que nunca tive coragem de perguntar pra ela se foi sonho ou foi verdade.

Ouvi (acho) um diálogo mais ou menos assim:

Marombado irritado: "-Quem é esse cara?"
Loira despreocupada: "Ah, tá comigo!"
Marombado mais irritado: "Porra, mas eu sou teu namorado, caralho!"
Loira mais despreocupada ainda: "Era."
Marombado irritado puxando as mangas da camisa: "Era? Tá doida?"
Loira gelada feito iceberg: "Era."
Marombado irritado cuspindo fogo e torcendo uma barra de ferro com dois dedos: "Pois avisa a esse trapo aí, que só num mato ele de porrada aqui e agora pq ele tá bebaço, e isso seria covardia. Mas se eu ver ele por aí, torça pra ele ter plano funerário."

Enquanto isso, eu dormia feito um bebê, sem sacar o teor e periculosidade da conversa adulta da dama do gelo com o ex-namorado que não sabia que já era ex. O mais legal é que ela meteu galha nele, eu estava lá inocente, e ia sobrar pro neguinho aqui, né... Put a keep are you!

E resumindo: O àlcool me salvou. E ela se mudou pro Pólo Norte.


Voltando ao ônibus. Depois que lembrei dessa história toda, chegou meu ponto, tive de descer. Até aliviado, né... Vai que tem outro (ex)namorado marombado espreitando a namorada enquanto eu olhava incansável pras pernas dela... Saindo do ônibus, olhei pra trás mais uma vez, vi aquelas belas pernas, pensei: "Caralho, a panturrilha dela dá três da minha!" E fui embora, no encalço da morena que passou do outro lado da rua. Falando em morena, teve uma vez que eu... Bom, deixa pra próxima sexta! Viva la vaca!


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#### Update urgentíssimo: Pois não é que eu descobri que a loira do bus mora aqui nas áreas? Tipo, teve uma festa na igreja do bairro, e não é que no meio das 3 mil pessoas eu a encontrei, de braço dado com mãe, pai e irmão pentelho? Caaaara... Deus existe, é brasileiro e torce Ferroviário!



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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quem inventou as mulheres?

Eu vinha pensando, esses dias: é foda estar solteiro, né... Tipo, feriadão aí, o sol pedindo uma praia (e a minha barriga pedindo um sol)... Tivesse uma gata, seria massa. Daí, hoje descobri que eu já tenho mais do que uma gata. Me sinto o Charlie, das panteras, com minhas gataS, com S maiúsculo no final. S de Sadia, tipo a linguiça que a do vestido diz que compra na unidade. Não que a gente vá pra praia (a gente vai é pro cinema), mas a companhia delas é tudo. E o vento é meu amigo, quando tô com elas, né, Vestido?
A primeira, Mesopotâmia: todo mundo diz que a gente namora, desde os primeiros dias de aula;
A segunda, Vestido: tem meu nome escrito na mão dela e é grande inspiração pra esse blog;
E a terceira, a Melancia, me deu o coração dela em forma de folha. Além de algumas 'pérolas' que certamente servirão como potencial fonte de assunto por aqui... Né?

Maaaasss... Este post é pra fazer uma coisa que eu já vinha planejando há algum tempo:

Especialmente para as minhas anjinhas e fiéis leitoras...

Vou explicar um pouco do universo masculino, nossos sonhos e crenças. E este é um segredo de estado. Posso ser expulso da fraternidade, até.

Primeira coisa: já há algum tempo, eu fui escolhido pelo Partido Internacional Masculino Totalmente Unificado (P.I.M.T.U.), que é integrante do Comitê Secreto Masculino (CSM) para ser espião do mundo feminino. Tenho desenvolvido brilhantes trabalhos antropológicos que analisam as maluquices das mulheres, estes seres que se Deus fez algo melhor, guardou pra Ele. Então, estar sempre rodeado de (lindas) mulheres é meu àrduo trabalho diário, em prol sempre do crescimento do P.I.M.T.U., já que ele é meu.

Enfim, piadinhas de mau gosto de lado: juntamente com meu irmão, que foi recentemente convocado a fazer este trabalho comigo, só que no setor Benfica/Centro, desenvolvi uma tese que irei defender em meu Doutorado na Universidade do Macho, final do ano. É assim: mulher é igual a carro, e a gente conhece algumas pela buzina...

Tem a mulher-carroça: simples, útil. Dá mó vergonha, e não tem buzina, né. E quem leva ela pra todo canto é sempre você, seu jegue.
Tem a mulher-moto: você sabe que tem buzina. Mas, você vê a buzina? É tão escondida, que você sò sabe que ela realmente existe quando aperta...
Tem a mulher-Fusca: a buzina é um negócio que todo mundo conhece, acho até que todo mundo já 'buzinou', mas o dono... Ah, o dono tem uma vergonha de apertar em público, que eu vou te contar...
E a mulher-Honda Civic: É tão bonita e tão fresca, que até o dono tem medo de pegar... Sem falar, que ela é 'automática'... (Maldita globalização).
A mulher-Ferrari: Você sabe que existe, sabe que alguém tem e sabe que nunca, jamais, never, você vai pegar. Pq ela é tão semi-deusa que fica só nas revistas (e nos filmes de ação) mesmo...
E, lógico, não podia faltar a mais comum: a mulher-Gol, que é aquela que vem sendo tradição no Brasil desde a década de 80. Mudam bastante, ficam maiores, ficam menores, tem vermelha, amarela, preta, branca... Tem a rebaixada, tem a mais estilosa. Dá pra ir pra festa, pra jogo, levar pra praia... Vem com kit trend, sem kit trend, roda no álcool, no gás, na gasolina, no refrigerante... É a que eu, você, seu vizinho, seu primo... A que nós temos. A realidade nacional. É bonita, do seu jeito de ser.
Junta-se a ela a mulher-Voyage, que é coroa, mas deu uma repaginada, entrou na faculdade, fez academia, tem atributos bem legais em relação às concorrentes e dá mó dúvida entre ela e a Palio...
A mulher-Palio é um caso meio complicado de falar. É asim: ela, no começo, é bacana. Parece a mulher-gol. Sò que, com um tempo, vai exigindo coisa e mais coisa... Quando você ver, ela tá acima do preço de mercado e tu tá fudido. O jeito é passar pra frente. E dá uma dor no peito... Normalmente, o cara sofre pra caralho (eu fui um) e acaba conhecendo uma mulher-Gol ou uma mulher-Uno Mille.
A mulher-Uno Mille é aquela 'de família', bonitinha... Jeitinho de mulher mesmo... Econômica, cabe em qualquer canto... É meio dura pra dirigir, mas o cara se acostuma a ficar sem levar ela pra lugares mais, digamos, 'exóticos'... Ela é pra casar, saca? Sò que o marmanjo é fuleragem mesmo, e pega ela só quando leva pé na bunda das outras. É só o consolo. Mas, no fim, ou ele volta, ou ele se arrepende...
Ah, e tem a mulher-Fiat 147: Essa é zoeira. Você encontra ela nas esquinas do baixo meretrício à preço de banana... E se apertar, lave a mão pra não pegar gripe.
Vale citar a mulher-caminhão: todo mundo olha quando passa na estrada (dá até medo, dependendo da situação...). Mas no meio do transito do Centro ao meio-dia, dá uma raiva de ter uma...
E a mulher-trem? É aquela que é uma baita buzina, que você vê por aí, pode até já ter passeado com ela, mas apertar lá, hã, só o maquinista mesmo...
Ah, e a mulher-ônibus (ou a mulher Pici/Unifor): Vive lotada de gente, tem homem, tem mulher, tem baitola, tem velho, tem menino, tem papagaio... E ainda tem o motorista, que sempre abre a porta pra todo mundo entrar e sair. Além de contar com a ajuda do trocador, coitado. E essa com certeza você já pegou. Vá lá. Se não pegou, tu é um frouxo. A diferença dela pra Topic 55? Uma dobra na Virgílio Távora e a outra 'vai por dentro' mesmo... Mas, no fim, todas dão no mesmo lugar... Se é que me entendem...
E tem outras milhares. Tem a mulher-ambulância - você só pega na emergência; a mulher-taxi: você pagando, ela te leva até pra lua; a mulher-bicicleta: quando você é moleque, é doido pra ter uma. Depois que cresce, é doido pra se livrar dela. Mas, quando o carro tá no prego ou naqueles dias, o jeito é dar umas pedaladas na magrela mesmo.
Tem a mulher-jipe do exército: essa é igual a mulher-canhão. A gente realmente admira quem pega. E agradece pelo belo serviço prestado à pátria.
E a que a gente sempre gosta: a mulher-Ecosport (também conhecida como mulher-CrossFox): É sempre uma aventura pegar uma... E dá mó gosto de sair desfilando com ela pelos cantos... E como me disseram hoje, tá até 'no preço', né?
Por fim, vou citar a mulher-Astra: é aquela do teu amigo, que você só pega mesmo se o cara tiver muito bêbado... E que ele jamais saiba da tua empreitada!


E você? Que tipo de mulher-carro você é? Se for algum que não citei, diga nos comentários pra que eu possa te identificar!


Agora, tudo isso foi pra eu dizer que uma das minhas gatas é uma típica mulher-melancia: doce, gostosa² e rosada. É, eu sei que melancia é vermelha. Mas a minha linda bonequinha de porcelana é uma melancia especial. Boa sorte com o Jerusalém. Estamos na torcida. [ ;) ]


* Dedicado às minhas Panteras: Vestido, Melancia e Mesopotâmia. Beijo meninas! Quero fotos (de vocês) na piscina, ok? [ :D ]

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quem inventou o vento?

Outra conversa pós-palestra me aguçou os sentidos hoje... Lembrei de cenas e detalhes tão íntimos quanto o que eu vi de baixo da roupa da nossa bonequinha de voodoo no dia de ventania. Escrevi até uma poesia no cantaescreve. Não, não foi pra nossa adorável mocinha de bolso, mas pra um vestido que eu, um dia, rezei pra ver levantar...

Ok. Agora, voltando à normalidade: os caras chamaram pra ver o jogo do Tabajara amanhã, contra o escrete do Canal. Vou não, véi. Até queria, visto que o último jogo, eu dei uma baita sorte... (É que amanhã eu já tenho filme de comédia alugado, pra assistir em casa, comendo esfirra de chocolate com refrigerante genérico de cola.)

O Tabajara vinha duma sequência de infortúnios. E eu também. Daí, vai eu e meu amigo Furão, aquele que marca o futebol e 'fura', saca? A gente, primeiro, dá umas voltas no terminal de ônibus, pra esperar ficar um pouquinho mais 'tarde'... (Eu saí da facu às 6, o jogo era às 9!). Então, vi uma lojinha, com umas camisas penduradas (ainda naquele clima de 'pô, queria uma camisa nova, ganhei uma camisa nova, mas num posso usar pq é feminina...'. Então, aconteceu uma coisa difícil: eu vi na vitrine e gostei! Era preta, e tinha (tem) um ponto de interrogação, verde, no centro. Simples (ou seria: Batman... Plágio... Charada...), mas eu gostei. Quando chego perto, pra ver como ela era, adivinha? Ganha um pirulito Pop quem acertar. Pois é...: era feminina... Sei não. Parece que só fazem isso pra me tirar do sério. Entro, pergunto se tem masculina, aí o cara diz que tem. êêê... alegria... Até que enfim... Daí ele revira a loja toda, fuça tudo, e me diz: 'é, chapa, que azar, tem mais não, ó... Aí, volta em duas semanas, que eu vou encomendar na fábrica...' Fazer o quê, né... Esperar.

Chega a hora de irmos pro estádio: filinha básica (e quilométrica) pra pegar o bus, juntamente com a torcida, que mais parecia ir pra um funeral que pra um jogo. Também, pudera... O Tabajara não estava ajudando.

No estádio, beleza. Tudo ok, tudo certo, faltava meia hora pra começar o jogo. Marquei com a galera do Pântano na bilheteria. Detalhe: lá tem DUAS bilheterias, e ninguém sabia. Enquanto eu enchia a cara de cerveja esperando eles dum lado do estádio, eles me enchiam de adjetivos bonitos do outro lado (o jogo prestes a começar...). Foi então que, no auge da minha quase embriaguez (crianças, eu não bebo, ok? Foi só um momento de, ãnh... Fraqueza! É, fraqueza. Isso mesmo.)eu vi uma figura suntuosa, delineada, e com uma saia que só daria pra ver usando binóculos. Peguei então duas garrafas vazias e fiz meus binóculos, pra não perder nenhum movimento daquela maravilha. Aquele monumento, loira (ou era morena?), carnuda, (gostosa pra caralho!), semi nua... Cara, aquela imagem foi mais bonita do que os três gols do Tabajara. Enfim... O jogo rolou, num lembro de nada (só do cheiro do banheiro... Puta que pariu, véi! Tá bêbado? Quer se recuperar rapidinho? Vá ao banheiro do estádio e sinta o cheiro... Se não der jeito, pegue um táxi e volte pra casa. Você deve ter esquecido seu nariz lá.)e do placar do jogo.

Então, fim de jogo, alegria, 3x0, quase saindo da zona de rebaixamento... E,indo embora, na descida da rampa, eu a vejo de novo: agora, com uma companheira que segurava um microfone, daqueles tão toscos que acho que vem dentro dum saquinho de chilito. Eram repórteres! (Agora que não precisa de diploma, todo mundo é repórter...) E buscavam freneticamente falar com algum dos marmanjos, que escondiam o rosto. Então, virei para meu amgio Furão e disse: "-Bó?" E ele: "-Bó!". Então, a gente foi. Cheguei perto delas, no que a outra me puxou. Fez perguntas bobas, do tipo, qual seria o placar do próximo jogo e talz... Eu fiquei procurando a câmera, em vão (eu mal enxergava a mulher! Só via a bunda dela, pq, enfim, num tinha como não ver...) Daí, veio o melhor: a que eu vi na entrada, estava com um chicote, ao melhor estilo Tiazinha. Chega perto de mim, apalpa meu traseiro e ordena: "-Dá uma viradinha!" Eu obedeço. Ela dá uma chicotada de leve no amigo esfincter, e profere as santíssimas palavras: "-Se o Fortaleza perde, olha só o que ele ganha!" Aí eu, lógico, me aproveito da situação, passo a mão pela cintura da moça e desço até o esfincter dela, digo, até a última parte visível da saia dela e lhe apalpo as deliciosas carnes, perguntando-lhe ao ouvido: "-E se ele ganha?". Ela, então, com aqueeeeela voz que faz qualquer defunto sair dançando Thriller, me diz também ao pé do ouvido: "-Aí, VOCÊ ganha um strip-tease meu na boite *******."

Foi aí que eu saquei tudo: fui entrevistado por um canal pornô. Próxima!


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Aniversário da minha mãe. Ela pede ao meu irmão: "-Filho, um presente que você poderia me dar era cortar esse cabelo..."

Coração de mãe, a gente agrada, né.

Foi assim: Meu irmão estava com uma juba que, quando ele andava sozinho, pediam autógrafo pensando que ele era o ator do filme 10.000 A.C. E quando ele andava comigo, pediam autógrafo pensando que era Chitáozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano, Frejat e Cazuza... Esse último eu num gostava não. Os outros, pelo menos né, pais de família, a Sandy é mó gostosa... Mas, pô, Cazuza? É foda...

Então, no niver do meu companheiro moita, lhe dei o presente: paguei um barbeiro pra cuidar da mata ostentada por ele. E articulamos um plano.

Terminado o serviço, levei ele pra casa, escondido, fiz meu pai levar minha mãe pra cozinha, enquanto tratei de subir o refigurado e levar o jantar pra ele (era niver dele, não ia me cair uma mão se eu levasse um pouco de carne crua pra ele jantar, né... ). Juntei o cabelo dele na barbearia, e fiz um pacotinho de presente. Deixei no guarda-roupas da mãe.

No outro dia, acordo com o grito. Desço correndo e após longa lista de adjetivos que ela me conferiu, ela contou a história: Viu aquele pacotinho e pensou: "-Ora, eu não comprei presente pro Xororó... E esse pacote aqui?" E meu pai intervêm:-"É pra você,querida. Deixaram ontem." E ela: "-Quem deixou?" E ele:"-Sei não. Os meninos que receberam."

Ela então, apalpa o pacote e tenta entender o que é. Vira daqui, vira dali, ela se empolga, esperando uma roupa, talvez. Volumosos que era, e 'fofinho', como ela mesma definiu... Ao abrir, então... Bom, imaginem, né...

Com isto, desce o meu novo irmão: Uma cópia minha, um pouco menos preto.

Ah, é. O cachorro se vingou, e tirou uma boa parte da minha barba, durante a noite. Amanheci o dia terminando o serviço dele e o elogiando, com palavrões bem bonitos.


Ah, é, recado institucional:

As forças armadas do Brasil lembram a você, jovem, que fez 18 anos: Parabéns .


# Dedicado aos aniversariantes do mês de Setembro, desde a menina do Pen Drive até a espanhola sumida.


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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Muchas Gracias!

Galera, venho aqui rapidamente só pra agradecer mesmo a todo mundo que tá fazendo deste blog um espaço de discussão quando a aula tá chata.

A todos aqueles que pararam o trabalho na Federação da Indústria só pra saberem da história da camisa (e do beijo quase roubado na menina): muito obrigado!

A todos aqueles que, quando me encontram no corredor da facu, citam o blog simplesmente pq teve uma dissenteria depois de tanto rir das minhas histórias (valeu, meninas!): muito obrigado!

A quem me mandou e-mail com aqueeeelas palavras que a gente sempre precisa pra poder continuar em frente: muito obrigado!

À quem me 'avisou' que a camisa que eu tanto torci pro cara ganhar lá no sorteio, e que parecia uma calcinha vista de longe, na verdade era uma camisa masculina e o cara se deu bem: muito obrigado!

A quem tá apresentando meu blog pra irmã, namorado, pai, marido, papagaio, cachorro, chefe de torcida organizada... Obrigado!

Por vocês, e para vocês, irei continuar burlando os computadores da facu que bloqueiam postagens em blog.

Quando eu ganhar grana, vou comprar um pirulito Pop e mandar pra cada um de vocês, no natal.


E não me custa citar aqui: para não pensarem que sou apenas um escritor de abobrinhas, sugiro conhecerem meu blog de poemas e poesias:

http://cantaescreve.blogspot.com

E, de novo, obrigado!


*****

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem inventou " Put a keep are you' ?

Ontem foi um daqueles dias... Como eu disse hoje pela manhã no corredor: eu conversava com a moçada depois da palestra da Senadora sangue-bom, isso às 10 da noite, né, depois de umas 12 horas sentado, ouvindo palestra, e, tipo, quando acabou tudo, parei e pensei: o que é que tenho que fazer agora mesmo? Pra onde é que eu tenho que ir? Quem veio primeiro, o Lula ou o molusco? Enfim... Daí, a bela moça de covinha fala que vai esperar o irmão. Daí eu lembro: irmão...? Irmão... CASA, véi! Eu tenho de ir pra casa! Nuss... E como eu disse, "Ou então minha mãe vai pensar que me sequestraram...". Mas legal mesmo, foi o lance da camisa...

Meu irmão já disse várias vezes, que as coisas mais bizarras só acontecem comigo, que minha vida dá um filme de comédia... Por isso eu criei este blog, né... (não é só pra ganhar dinheiro com os anúncios não... :P )


Aconteceu ontem um encontro dos escraviários , e eu fui, de metido, como sempre. Palestras e talz... E um certificadozinho de 7h no final (isso vale pra caramba na conclusão da facu, crianças!). Tipo, foi emocionante, saca? Tinha mó mulheril lá chorando... O cara, Stevem num sei o quê, que é num sei o quê também da Delegação Brasileira Paraolímpica. E, cá entre nós, o cara é a empolgação em pessoa. E ele fala dos deficientes com uma empolgação, uma paixão, que toma todo mundo que escuta. Tinha lá o caso de um carinha que era só cabeça e tronco, mas que vive SOZINHO, véi! O cara, no vídeo, abre a geladeira, pega uma coca-cola (parecia um comercial: Coca-Cola: até sem as mãos... :P ) , abre a bebida com a boca, leva até a mesa, pega um canudo, abre a caixa do DVD, leva e põe o filme no aparelho, sobe no sofá, liga a TV, e assiste lá o Pica-Pau, tomando Coca-Cola (só faltou o slogan... E você, aí, parado, ainda reclama da sua vida.)

Depois disso, veio um professor (muito) maluco (lembrava o professor Aloprado...) contar um monte de histórias também... (O cara era pior que eu, véi... Se eu sou metido a contador de abobrinha, o cara era 'O' mestre.) Em outra oportunidade me apropriarei das histórias do ilustre senhor. Por que agora vem o melhor:

Lá estava rolando sorteios, saca? Pô, um monte de patrocinador, e talz... Daí, vá lá: "Cortesia para o Museu da Cachaça... êêê... Livro num sei de quem... êêê... Assinatura do jornal lá... êêêê... Um passeio com acompanhante num iate pela orla de Fortaleza... êêê.. E camiseta da Nordwest"


Nesse último eu pirei. Porra, véi, as camisas da Nordwest são caras pra caralho! Eu já disse que num pago o que eles pedem por livre e espontânea vontade nem a pau! Por mais que eu adore as estampas, as frases, eu num compro não. Maaassss... Ganhar uma, seria irado. Daí, todos os outros prêmios (inclusive o da cachaça, que era o melhor, né...) foram embora, ficando a camisa. Então, mó torcida. Chama meu número, chama meu número, chama meu número... Daí... Pá! O cara sorteia meu número!


Vééééééiiii... O pensamento positivo que o cara falou na palestra, né... Surtindo efeito! Daí... Bom, eu assumo que sou fãzaço mesmo da referida empresa de camisas. E tem uma que eu especialmente elegi como 'the best': é a que tem a frase " Put a keep are you ". É transgressora sem ser ofensiva, é rebelde e ao mesmo tempo sutil. É o grito dos excluídos, é a maior expressão de indignação que a pessoa pode proferir. E o melhor: dá pra ir pra igreja com ela, sem que ninguém perceba a tua ironia! (Ah, pra quem não entendeu, tente ler a frase, em inglês mesmo, bem rápido. Sacou o sonoro ' Puta kee pareyou'?). Então, eu caminhei do fundo do auditório até o palco, torcendo: "Vai ser a Put a keep are you... Vai ser a Put a keep are you... ". Quando chego, recebo a camisa, e olho de relance, adivinha a frase que está estampada na camisa? Put a keep are you! Caaaara, nossa... Daí, recebi a camiseta (quis descolar um beijinho da mina que entregou mas ela... Enfim...) , voltando pro meu lugar, fui mentalizando: "Vai ser Tamanho P, vai ser tamanho P..." (Eu uso P pra camisa ficar mais colada e realçar meus músculos pras gatas pirarem quando olhar... Hehehehe... )" E aí, acreditem: cheguei perto do assento, virei o saquinho da camisa e, de relance, vi a letrinha P na etiqueta da camisa... Caaaaaraaaa, eu quase que grito lá "milagre!", igual a história da Mulata da Vai-vai... Foi assim: A delegação paraolímpica (quem contou foi o Stevem) foi desfilar no carnaval, e o Stevem disse que ia numa cadeira de rodas também (ele não tem nenhuma deficiência. Sò de juízo, que acho que ele num tem nem um pouco). Daí, chega aquela mulata, seios fartos, traseiro do tamanho da mala dum Santana, as pernas que juntando as duas do cidadão num dá a panturrilha dela. Daí, ela fica meio longe, meio com vergonha, talvez, dos caras sem perna e braço e aí o Stevem chama ela. "Morena, vem cá... Acho que se você me desse um beijo, eu era capaz de sair sambando nessa avenida" Aí, já sabem o final, né... Ela veio, deu um beijo nele, e ele, safado, saiu dançando e gritando 'milagre'... Ela ficou assustadíssima, quase chora, enquanto os outros também pediam beijos milagrosos... Ô povo mala, viu...

Enfim, voltando pra minha camisa: chego então na minha cadeira, feliz pq era o brinde que eu queria, a frase que eu queria, o tamanho que eu queria... Então, eu quis tirar do saquinho, só pra ver assim, como ficaria em mim, já planejando vestí-la o mais rápido possível... Daí, eu esqueci de mentalizar uma camisa masculina, e o que saiu da sacola foi uma desgraça de uma Baby look marrom, Tamanho P, FEMININA.

PUuuuuuuuuuuuuTA QUE PARIUUUUUUUUU!!!!!!!!!!


Literalmente.

Ainda tentei trocar. Mas tem na etiqueta, bem grande: "Brinde. Proibido trocas". E lá no evento, o outro brinde da Nordwest, parece (explico: eu vi de longe, então, só suponho que seja) que era uma calcinha azul bebê. A mina que me negou a beijoca quando eu fui receber a camisa, foi quem me disse que o outro brinde também era feminino. Ah, eu torci feito louco pra um cara ganhar também, só pra eu poder zoar e escrever a minha história aqui como se fosse a dele (me arrependi e escrevi a minha história mesmo... E ainda, de quebra, descobri que as coisas mais bizarras² só acontecem comigo às quintas-feiras. Graças à Mesopotâmia.) E realmente, foi um cara quem ganhou. Eu ria como um louco na hora que vi a cara de descontentamento do cidadão, abrindo a caixa (a dele veio numa caixa de pizza, pra ser mais sacana ainda) e tirar um pedacinho de pano azul bebê (que, repito, de onde eu estava, lembrava muito uma calcinha, daquelas com a frase "Agora vai!". Já viram? Eu já. É broxante...).

Véi... Resumindo: a gente se fode, mas ganha uma ótima história, e se diverte contando pra vocês.


Até a prróxima sexta! E viva la vaca!


P.S.: Eu tô vendendo a famigerada camisa... Vintão (R$ 20,00 )... Quem quiser... Dá o tok aí... Ajude um desiludido a comprar uma camisa da Nordwest (pq agora é questão de honra ter a porra da camisa com o palavrão in english...)



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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Quem inventou o desespero de um estudante?

Hermanos, voltei. Uma semana sem escrever, já estava com saudade. Acontece que tirei folga da Tv esses dias. E como meu Pc está em greve desde o ano passado... Fiquei sem acesso à net. Enfim... Vim aqui dizer que minha vida dá um filme. Clichês à parte, é sério. Uma vez, escrevi um texto (clica aí, Zé!) em que narrei um dia daqueles, em que tudo dá errado, você se fode mas dá boas gargalhadas no dia seguinte. Mais ou menos o que aconteceu ontem.

Tinha de entregar um trampo. Na verdade, apresentá-lo. Daí, estava tudo preparado com uns dois dias de antecedência. Aconteceu que ontem, uma gata me pediu o pen drive emprestado. Véi, quem é que recusa algo, quando aquela mina dos cabelos dourados chega, pedindo? Cara, eu quase pude sentir o cheiro (ou seria o gosto?) do batom dela... Quase pude ouvir sua voz, sensual, dizendo: "- Amooorrr... Me empresta o teu pen drive?". Zé, saca quando tu viaja assim, e se pega pensando no canto da sereia, e acorda todo babado e com o pimpolho de olho no que pode acontecer? Pois é... Daí, num salto corri lá no outro lado da sala e dei o pen drive antes mesmo que ela pedisse. E voltei a curtir meu sonho.

Acabou a aula, tive de correr para o laboratório de rádio, aonde haveria uma espécie de debate com um produtor. Lá pelas 10 horas, lembrei por acaso que o trampo que eu tinha de apresentar à noite estava no pen drive. "Bobagem", pensei. "Assim que acabar isso aqui, procuro a moça dos finos traços e peço gentilmente de volta o aparelho." Então, né... Não teria graça se tudo se concretizasse conforme nós pensamos...

Acabou o debate, saí do laboratório e fui procurar pela donzela. Uma amiga em comum, enquanto conversava com outros companheiros de luta, me dá a feliz notícia: "Ah, ela já foi... E faz tempo! Disse que ia levar teu pen drive pra copiar umas fotos..."

Nãããããããããããooooooooooooo !!!!!!!!!!!!!!!!! Pooooooooooooorraaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!

Puuuuuuuuutaaaaaaaaaaa queeeeeee Paaaaaariiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuuuuuuuuooooooooooooooo!!!!!!

É engraçado. Nos momentos de pior aperreio, a gente costuma correr pro banheir0, né? Uma dor de barriga (que é o pior momento da vida de qualquer pessoa... Zé, me lembra de contar sobre meu primeiro dia de repórter... Dor de barriga, chá de cadeira, ônibus demorado, 1 hora de distância entre eu e o banheiro... Assunto pra dar risada até o fim do ano!) , uma raiva grande e a vontade de suicídio, tá atrasado pra se encontrar com a gata... A gente costuma correr pro banheiro pra se esconder, pra buscar solução, pra se ver no espelho e perguntar:'E agora? O que é que eu faço?' O quê? Você não faz isso? Não entra no banheiro e conversa consigo mesmo? Não sabe o que perde.

Enfim, após gritar uns trocentos palavrões no corredor, fui ao banheiro. De lá, liguei pra garota.
"-Querida, você já foi embora?"
- Quem tá falando?
-Eu... É que você levou meu pen drive, e eu vou precisar dele... Agora...
-Ah, é?
-Na verdade, se você pudesse só me mandar um arquivo por e-mail, pra mim tá bom...
-Ok, só que não tô em casa agora, certo? Só à tarde.
-Tudo bem. Até as 5, você me manda, pode ser?
-Pode.
-Ok, brigado."

Ufa. Resolvido, né? Ela manda por e-mail, eu apresento, recebo minha nota 10, corro pro abraço... Óbvio que não. Senão, com o que é que eu irira ganhar a vida? Senão, o que levaria você a clicar nos anúncios embaixo deste post? Pois é...

5 da tarde, ela me liga. Eu dito o caminho pra chegar até o arquivo. Porém...
"-Querido, num tá aqui não.
-Como é que é?
-Querido...
-Não, o arquivo não tá aí?
-Não...
-...
-Alô?
-Sim, tô pensando no que fazer: me mato com veneno, ou me jogo embaixo do bus?
-Era pra hoje o trampo?
-Era. Era."

Resumindo: FODEU, neguinho!

Pensei, então, no improvável: "No mínimo, devo ter salvo no Pc da Facu, ao invés de salvar no pen drive. Nunca me aconteceu, mas, quem sabe hoje, né? Ok, então. Vou pra facu mais cedo, e busco o arquivo no Pc em que fiz o trampo.

Ah, a esperança... Tão linda, e tão irônica. Eu estava vendo o jogo Benfica x um time com nome de remédio. No momento em que Nuno Gomes fez o 1º gol, terminei de me vestir e desliguei a Tv. Fui à facu, cedíssimo. Daí, aquele trajeto conhecido: A pé até a Avenida, lá pulo dentro de um trambolho hiper-lotado... E perco uma hora e pouco da minha vida no trânsito. E me corroendo por dentro, o desespero quase (quase?) batendo.

Chego na facu Às 18:30. A entrega do trampo é às 19. Corro até o laboratório e... LOTADO! E o Pc que eu usei para fazer o trampo, ocupado. Então, fui fazer outras coisas, pra o tempo passar e eu esquecer aquela aflição.

Sou bolsista, o governo paga pra eu estudar. Daí, todo semestre tenho de assinar um termo, para revalidar a bolsa. Eu juro, juro mesmo, quero que um raio te parta no meio, Zé, se for mentira (e olha que tem muita gente que adoraria te ver tostado, mas eu não. Justiça é a divina, sempre me disse minha mãe.). Eu vi anexado pelos cantos que era época de assinar o termo. Então, vou na secretaria e me deparo com outra fila, outra lotação, outro aglomerado de gente querendo fazer ao mesmo tempo, a mesma coisa, com a mesma pessoa, na mesma pressa que eu! Respiro fundo, e me encosto ao fim da fila. Aguardo meia hora. Quando chega minha vez, a moça me olha meio estranho e indaga: "Financiamento?" E eu: "Não, bolsa". "Ah, filho, então não é hoje. É só daqui a duas semanas!"

Caaaaaraaaaalhooooooooooo!!!!!!!!!

Ótimo. Pois me deixa assinar logo, pra não precisar encarar fila outra vez... Lógico que ela não deixou e ainda pediu que eu me retirasse.

Zé, você tá contando aí, a quantidade de coisa, num dia só? E enquanto isso, você aí, sentado na sua poltrona, tomando café, talvez... Falando ao telefone... Dando ordens a alguém. Tua conta bancária, tem mais zeros do que tinham meus boletins de Física e de Matemática no ensino médio, juntos. E eu sofrendo com trabalho pra entregar... Santa tartaruga (a mesma que vai ser campã de F1...), olha por mim!

Fui então ao laboratório. E vi o que esperava: vazio, todos correram pra suas salas. Fui ao Pc em que havia feito o trabalho. E... Nada. Revirei todo o trambolho, nada. Lixeira, Documentos compartilhados... Nada. Achei um jogo de futebol (jogos são estritamente proibidos! Causam até expulsão do laboratório...) mas não achei o trabalho. Então, foi isso. Após verificar que pular do quinto andar não surtiria efeito, já que não havia ninguém em casa disposto a ir me buscar no hospital com múltiplas fraturas, decidi encarar a professora e contar minha história. Quem sabe, fazendo aquela carinha do gato do Shrek, ela me dê uma chance... Ou então, pegue logo uma foice e me corte os pulsos.

Pra encerrar: a professora aceitou que eu enviasse o arquivo hoje. Êba...
Update: a Gatinha me trouxe o pen drive e eu então tive vontade de espancar o pequeno aparelho que se negou a mostrar o ícone do programa em que fiz o trabalho, e no lugar, criou um ícone com base na primeira página do trabalho, motivo pelo qual a bela moça não o encontrou (eu não lembrava o nome do arquivo, falei um monte de coisa parecida, mas nada que levasse ao nome de verdade). Enviei e tô aguardando a resposta da professora.

Pois é. Vou nessa. Já já começa a monitoria de Tv. Tô com saudade de lá, também. Sabe, tem uma loirinha... Deixa pra lá. Fica pra próxima! Valeu, Zé! Viva la vaca!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quem inventou a Segunda-feira?

Caraca... O sono após o almoço é uma coisa sem remédio, né... Sem falar que pela manhã quase não venho pra aula. Acordei e o céu estava desabando. Essas chuvas malucas só estragam nossa alegria. Enfim... Acordei, tomei banho e café e talz... Daí, nada de parar de chover. É lógico: pô, 6 da manhã, chovendo pra caralho, o nêgo morrendo de sono... Véi, larguei a mochila na cadeira e voltei a dormir. Todo dia, vamos meu pai, meu irmão e eu, a pé, até a Avenida 13 de Maio para pegar nossa condução e nosso rumo. São 15 minutos de caminhada, mas é bem melhor do que enfrentar as filas dos terminais: além de pegarmos um único ônibus, é menos tempo de exposição ao cheirinho de axe vencidodentro das latas de sardinha públicas.


Cara, e é assim uma coisa impressionante: Fortaleza tem carros demais, e os ônibus são hiper-lotados! Às vezes, penso o quê que certas figuras imaginam que seja o trânsito da capital internacional das gafes (escolha a sua! Espanhol? Italiano? Brasileiro??? Cácácácácá...). Será que o responsável pelo trasnporte público daqui anda de ônibus nos horários de pico? Será que ele já encarou uma daquelas vans do transporte alternativo (lá é que o bicho pega! É aconselhável às meninas usarem anticoncepcional sempre que cruzarem uma daquelas vans, afim de se prevenir sempre do pior... ). Estive pensando em comprar um carro. Mas acho que vou esperar e juntar mais grana, pra comprar um helicóptero! Como está, não dá!


E isso é tão latente de um jeito que, tipo, eu fiquei dormindo, enquanto meu pai e mei irmão seguiram à avenida. Porém, como chovia, decidiram ir de ônibus (imagine aí: aquele cheiro de axe misturado com o abafado do bus lotado, com as janelas fechadas... Que coisa mais linda! ).


Então, enquanto eu dormia, parou de chover (agradeço a São Pedro, pois eu sonhava com a loirinha de ontem, bem na hora em quam percebi que parou de chover... Cortou meu barato, véi...) Daí, a consciência pesou, me vesti de novo, desci as escadas, peguei o violão que eu havia esquecido de guardar, subi de novo pro meu quarto e guardei o violão, desci novamente, peguei a grana que minha mãe deixou na mesa pra mim, contei minhas moedas da carteira, furtei masi grana no cofre da minha mão, pra eu poder jogar no bicho (o Leão não ganha nem do Tabajara, então, vai que no bicho ele consegue a proeza, né...), enfim saí de casa e fui a pé até a avenida. Um tempo depois, chegam meu irmão e meu pai. Foram de ônibus e chegaram depois de mim! E eu fiz tudo isso que acabei de descrever! Zé, tu num tem noção, véi! O culpado? O trânsito e a carência de trasnportes coletivos. E nisso, pobre do meu pai, que já ganha pouco, vai ter o atraso de hoje descontado na folha... É FODA, véi!


E a educação, hein? Que orgulho... Sábado, quando retornava pra casa, depois da aula, morrendo de sono e de fome (por volta do meio-dia), tive a sorte de ser encontrado por um chiclete de menta mastigado, que colou no meu pé esquerdo, que parecia que meu chinelo mastigava a goma junto com o solado do meu pé. Daí, após alguns palavrões bem proferidos, segui meu caminho até minha casa, com a mesma cara de felicidade que fez o Tasso quando trocou elogios com o Renan (Afinal, ele não é coronel de merda! Ele é coronel de fábrica, de resort, de canal de Tv, de refrigerante...). Fiz uma pausa na locadora e peguei uns dvd's, pra aliviar a tensão: violência e muita porra na tela da minha Tv neste find.... Hehehe... Cheguei em casa, esqueci a fome e o sono, de tanta raiva que eu estava da educação do cearense, que simplesmente me limitei a retirar aquela gororoba que vinha grudada em mim desde que desci do ônibus. E fui assistir ao desenho animado e a comédia pastelão que havia alugado.

Enfim, Zé, depois te conto da loira que vi ontem lá nas àrea... Coisa de primeira. Ah, se eu ganhasse o mesmo salário que você... E só pra constar, hoje (finalmente!) revi as espanholas... Acho que vou me formar e me mudar pra Málaga... Ai ai ai, ui ui! E Viva la vaca, hermano!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Quem inventou blog(b)agem?

12:41. Sexta-feira, 11 de setembro de 2009. Meu estômago ainda digere o almoço e as contrações intestinais ouvidas à distância indicam que os gases tentam escapar (e não conseguem, juro!). Estou no laboratório de informática da faculdade, à espera do início da minha monitoria de Tv. Há mais de meia hora tento criar um nome pra esse diacho de blog... Arre, égua de troço difícil, véi! O pior é que tem tanto blog e tão pouco conteúdo, ... Vários dos quais eu tentei ter o nome, simplesmente existem, e só! Nem um post ou informação. No máximo, uma mensagem de "viagem ao meu mundo" ou a menção de que o blog só é usado para hospedar fotos (e eu nem sei como o banana conseguiu isso, além de que eu bem queria ver as tais fotos, pra rogar uma praga daqueeelas).

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Enfim... Aqui está o Playpobre e essa é a Certidão de Nascimento: me deu uma baita vontade de escrever e deixar os livros de lado, um pouco. Primeiro que tão cansado que acho que consigo dormir até do lado do meu pai (que ronca mais que uma britadeira). E isso é tão verdade que ontem, tipo assim, , ontem, véi...



Caralho... Zé, tu num tem noção! Eu ia morto dentro do busão, saca? Entrei (nem sei como), sentei (nem sei onde... ui!) e dormi (nem sei quanto!). Só sei que acordei com a população (engraçado... Os bus daqui são tão lotados, que já há um problema é de infra-estrutura habitacional, por que já não se chama aquilo de passageiro mas de habitante do coletivo ... ) batendo palmas, saca? Tipo, 10 da noite e a galera batendo palmas dentro do ônibus. Véi, qual é...

Tirei os fones do ouvido pra saber o que era (às vezes, até eu bato palmas por que alguém enfim desceu e deixou mais vago o coletivo...) e constatei o inusitado: dois senhores de meia idade, conduzindo um mini-culto (como diria o Cebolinha, um cultinho? - é, de novo, não teve graça, vá...).

Tinham violão e tudo, saca? Tocando "Jesus Cristo, Jesus Cristo, eu estou aqui..." E gritando lá: "Alelulia! Batam palmas e num sei o quê mais, vâmo lá, acordar esse povo cansado que tá aí, dormindo, enquanto a gente tá em pé, cheirinho de suor misturado com axe e suco de mortadela dentro desse cata-pobre aqui... E quem é que tá cansado aqui?" E a vontade de gritar: eu e a torcida do Flamengo, dentro dessa lata de sardinha... Daí, voltei a dormir. Só acordei na hora de descer (a gente desce pela janela, nessas situações... Já é até normal. Alguém te dá um empurrão, e tu acorda do lado de fora do bus, com a pancada da tua mochila, que eles jogam na tua cabeça.

E como eu dizia, cansadão... E no ócio até as três... Sem o menor saco pra ler nada. E ainda não trouxe minha mudança pra facu (pois é, eu 'morando' aqui... entro às 7 da manhã e saio às 10, 11... da noite!), então, num tem como (nem onde) dormir. No chão, não rola mesmo. Vai que passa alguma das fãs por aí e me vê no chão, véi... Never!

E falando em fãs... Hoje (de novo) não vi as espanholas... , já são três (3! III! 7-4! 89-86!) dias que não as vejo... Mermão, assim a inspiração vai embora. Mesmo que tenhamos por aqui bons exemplares de beleza feminina, as espanholas sempre serão as espanholas...

Pois Zé, ... Vou parar por aqui que a exposição já foi demais. Zé, boa tarde aí pra ti, bom trabalho... E não se preocupe: eu sou brasileiro e não desisto nunca; sou cearense e desisto é porra! Ganha tua grana aí que eu ganho meus bucho por aqui! Viva la vaca!