sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem inventou " Put a keep are you' ?

Ontem foi um daqueles dias... Como eu disse hoje pela manhã no corredor: eu conversava com a moçada depois da palestra da Senadora sangue-bom, isso às 10 da noite, né, depois de umas 12 horas sentado, ouvindo palestra, e, tipo, quando acabou tudo, parei e pensei: o que é que tenho que fazer agora mesmo? Pra onde é que eu tenho que ir? Quem veio primeiro, o Lula ou o molusco? Enfim... Daí, a bela moça de covinha fala que vai esperar o irmão. Daí eu lembro: irmão...? Irmão... CASA, véi! Eu tenho de ir pra casa! Nuss... E como eu disse, "Ou então minha mãe vai pensar que me sequestraram...". Mas legal mesmo, foi o lance da camisa...

Meu irmão já disse várias vezes, que as coisas mais bizarras só acontecem comigo, que minha vida dá um filme de comédia... Por isso eu criei este blog, né... (não é só pra ganhar dinheiro com os anúncios não... :P )


Aconteceu ontem um encontro dos escraviários , e eu fui, de metido, como sempre. Palestras e talz... E um certificadozinho de 7h no final (isso vale pra caramba na conclusão da facu, crianças!). Tipo, foi emocionante, saca? Tinha mó mulheril lá chorando... O cara, Stevem num sei o quê, que é num sei o quê também da Delegação Brasileira Paraolímpica. E, cá entre nós, o cara é a empolgação em pessoa. E ele fala dos deficientes com uma empolgação, uma paixão, que toma todo mundo que escuta. Tinha lá o caso de um carinha que era só cabeça e tronco, mas que vive SOZINHO, véi! O cara, no vídeo, abre a geladeira, pega uma coca-cola (parecia um comercial: Coca-Cola: até sem as mãos... :P ) , abre a bebida com a boca, leva até a mesa, pega um canudo, abre a caixa do DVD, leva e põe o filme no aparelho, sobe no sofá, liga a TV, e assiste lá o Pica-Pau, tomando Coca-Cola (só faltou o slogan... E você, aí, parado, ainda reclama da sua vida.)

Depois disso, veio um professor (muito) maluco (lembrava o professor Aloprado...) contar um monte de histórias também... (O cara era pior que eu, véi... Se eu sou metido a contador de abobrinha, o cara era 'O' mestre.) Em outra oportunidade me apropriarei das histórias do ilustre senhor. Por que agora vem o melhor:

Lá estava rolando sorteios, saca? Pô, um monte de patrocinador, e talz... Daí, vá lá: "Cortesia para o Museu da Cachaça... êêê... Livro num sei de quem... êêê... Assinatura do jornal lá... êêêê... Um passeio com acompanhante num iate pela orla de Fortaleza... êêê.. E camiseta da Nordwest"


Nesse último eu pirei. Porra, véi, as camisas da Nordwest são caras pra caralho! Eu já disse que num pago o que eles pedem por livre e espontânea vontade nem a pau! Por mais que eu adore as estampas, as frases, eu num compro não. Maaassss... Ganhar uma, seria irado. Daí, todos os outros prêmios (inclusive o da cachaça, que era o melhor, né...) foram embora, ficando a camisa. Então, mó torcida. Chama meu número, chama meu número, chama meu número... Daí... Pá! O cara sorteia meu número!


Vééééééiiii... O pensamento positivo que o cara falou na palestra, né... Surtindo efeito! Daí... Bom, eu assumo que sou fãzaço mesmo da referida empresa de camisas. E tem uma que eu especialmente elegi como 'the best': é a que tem a frase " Put a keep are you ". É transgressora sem ser ofensiva, é rebelde e ao mesmo tempo sutil. É o grito dos excluídos, é a maior expressão de indignação que a pessoa pode proferir. E o melhor: dá pra ir pra igreja com ela, sem que ninguém perceba a tua ironia! (Ah, pra quem não entendeu, tente ler a frase, em inglês mesmo, bem rápido. Sacou o sonoro ' Puta kee pareyou'?). Então, eu caminhei do fundo do auditório até o palco, torcendo: "Vai ser a Put a keep are you... Vai ser a Put a keep are you... ". Quando chego, recebo a camisa, e olho de relance, adivinha a frase que está estampada na camisa? Put a keep are you! Caaaara, nossa... Daí, recebi a camiseta (quis descolar um beijinho da mina que entregou mas ela... Enfim...) , voltando pro meu lugar, fui mentalizando: "Vai ser Tamanho P, vai ser tamanho P..." (Eu uso P pra camisa ficar mais colada e realçar meus músculos pras gatas pirarem quando olhar... Hehehehe... )" E aí, acreditem: cheguei perto do assento, virei o saquinho da camisa e, de relance, vi a letrinha P na etiqueta da camisa... Caaaaaraaaa, eu quase que grito lá "milagre!", igual a história da Mulata da Vai-vai... Foi assim: A delegação paraolímpica (quem contou foi o Stevem) foi desfilar no carnaval, e o Stevem disse que ia numa cadeira de rodas também (ele não tem nenhuma deficiência. Sò de juízo, que acho que ele num tem nem um pouco). Daí, chega aquela mulata, seios fartos, traseiro do tamanho da mala dum Santana, as pernas que juntando as duas do cidadão num dá a panturrilha dela. Daí, ela fica meio longe, meio com vergonha, talvez, dos caras sem perna e braço e aí o Stevem chama ela. "Morena, vem cá... Acho que se você me desse um beijo, eu era capaz de sair sambando nessa avenida" Aí, já sabem o final, né... Ela veio, deu um beijo nele, e ele, safado, saiu dançando e gritando 'milagre'... Ela ficou assustadíssima, quase chora, enquanto os outros também pediam beijos milagrosos... Ô povo mala, viu...

Enfim, voltando pra minha camisa: chego então na minha cadeira, feliz pq era o brinde que eu queria, a frase que eu queria, o tamanho que eu queria... Então, eu quis tirar do saquinho, só pra ver assim, como ficaria em mim, já planejando vestí-la o mais rápido possível... Daí, eu esqueci de mentalizar uma camisa masculina, e o que saiu da sacola foi uma desgraça de uma Baby look marrom, Tamanho P, FEMININA.

PUuuuuuuuuuuuuTA QUE PARIUUUUUUUUU!!!!!!!!!!


Literalmente.

Ainda tentei trocar. Mas tem na etiqueta, bem grande: "Brinde. Proibido trocas". E lá no evento, o outro brinde da Nordwest, parece (explico: eu vi de longe, então, só suponho que seja) que era uma calcinha azul bebê. A mina que me negou a beijoca quando eu fui receber a camisa, foi quem me disse que o outro brinde também era feminino. Ah, eu torci feito louco pra um cara ganhar também, só pra eu poder zoar e escrever a minha história aqui como se fosse a dele (me arrependi e escrevi a minha história mesmo... E ainda, de quebra, descobri que as coisas mais bizarras² só acontecem comigo às quintas-feiras. Graças à Mesopotâmia.) E realmente, foi um cara quem ganhou. Eu ria como um louco na hora que vi a cara de descontentamento do cidadão, abrindo a caixa (a dele veio numa caixa de pizza, pra ser mais sacana ainda) e tirar um pedacinho de pano azul bebê (que, repito, de onde eu estava, lembrava muito uma calcinha, daquelas com a frase "Agora vai!". Já viram? Eu já. É broxante...).

Véi... Resumindo: a gente se fode, mas ganha uma ótima história, e se diverte contando pra vocês.


Até a prróxima sexta! E viva la vaca!


P.S.: Eu tô vendendo a famigerada camisa... Vintão (R$ 20,00 )... Quem quiser... Dá o tok aí... Ajude um desiludido a comprar uma camisa da Nordwest (pq agora é questão de honra ter a porra da camisa com o palavrão in english...)



###################################################################

Um comentário:

  1. Então vamos ao comentário. É eu estava lá, e presenciei o ocorrido. E tentou roubar um beijo da minha amiga? (Levi Safado) Pois bem, era eu quem tava torceeeeendo pra ganhar aquela camiseta, pois foi eu quem a recebeu na nordwest no dia que eles nos entregaram os brindes (eu trabalho no local do ocorrido fato). A história do Steven mecheu muito com todo mundo, e ao final da palestra ele ainda falou : Detalhe gente, eu sou andante e não cadeirante. kkkkkkkkkk, foi o bastante pra que todo o auditório o aplaudisse de pé. Só pra te deixar um pouquinho mas chateado, a BLUSA que o cara ganhou na caixa de 'pizza' era M e masculina e tinha escrito 'Código de Bar' (era muito bonita por sinal). Bom, eu amei ver a sua história aqui contada e espero que tenham outras, pois você meu caro amigo é DEMAIS!

    By : Paula Barros (AH! tu sabe quem é).

    ResponderExcluir

Comentem, pra eu saber que não tô escrevendo só pra mim mesmo. Ah, deixe e-mail, pra eu poder responder, beleuza?